quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Limite estereotipado

Durante nosso dia-a-dia é comum ouvirmos freqüentes reclamações de pessoas se subestimando, algumas do tipo: eu não posso, eu não consigo... Mas será que já paramos pra pensar se essas reclamações possuem realmente algum fundamento?
Somos acomodados ao acreditar que as fronteiras dos nossos limites não vão além do suportado pelo físico, quando na verdade, nossa mente age como um servidor que tudo comanda.
Atualmente não existe melhor exemplo do que mencionar a atuação dos atletas das mais variadas modalidades nos jogos do Parapan que foi realizado há alguns dias na cidade do Rio de Janeiro. Se existem limites físicos, estes com certeza são os menores. Em um palco onde a força de vontade faz o espetáculo não existe espaço para a conformidade das dificuldades.
A pré-disposição em acreditar que é mais fácil desistir bloqueia qualquer possibilidade, por menor que seja, de se lutar por algo desejado. Tal fato deve justificar nosso sedentarismo frente a inúmeras discórdias e desapontamentos.
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Fernando Pessoa tinha razão. Não existem limites para a mente humana, a não ser aqueles que criamos.

domingo, 19 de agosto de 2007

Conto de fada consumista


Outro dia, enquanto eu passava alguns canais da tv me deparei com uma surpresa: um programa com uma gincana infantil, na qual os vencedores receberiam a visita da “fada madrinha do consumo”, e como prêmio ganhariam o produto que desejassem. A indignação cresceu e tomou conta de mim. Durante minha infância a única fada madrinha com a qual eu sonhava era a da Cinderela (e não sou tão velha assim).
Tal fato reflete os valores da sociedade atual, onde o consumo desnecessário se torna aceitável e invejável. A estética do produto aliada ao poder da mídia exerce um grande papel sobre a sociedade. É como “julgar o livro pela capa”. Ou, modernizando: é o mesmo que alugar um DVD sem ler a sinopse.
O capitalismo nos induz a consumir, mas esse desejo deve ser controlado, de modo que não se transforme em um vício. Essa prática deveria ser repensada por todos nós e então, de olhos abertos perceberíamos que não importa o quanto você pense, mas quanto você paga.
É melhor continuarmos sonhando com a Cinderela, a Bela adormecida, antes que sejamos consumidos pelo sensacionalismo da mídia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

é possível estar só mesmo em meio a multidão

Estar só mesmo em meio a multidão é o mesmo que olhar em sua volta e ver muita gente, entre elas os seus amigos, mas não conseguir se identificar com nenhum deles, não conseguir ser entendido por nenhum deles. É saber que quem te entende está muito longe. É sentir falta de uma pessoa sem ao menos saber o porquê. Saber que em algum lugar ela pensa em você, mas está muito longe pra te fazer companhia. Por isso mesmo em meio a multidão você se sente só, porque quem você quer que esteja lá, não está.

e abre-se a janela de um novo mundo...

[pitaco de ana laura diniz]

toda estréia, na verdade, necessita apenas de um começo. parece óbvio, e de fato o é. como lutar pelo melhor da vida: simples assim.

que esse espaço seja tudo o que desejar, luana. sem a obrigatoriedade de métrica, de rima, de muita dor. aqui, se há lei, é ser muito feliz.
sandy e junior